Olha para mim 1.50 cm de altura, pele clara, cabelo cacheadinho. Uns dizem, uma boneca. Uma menina, um bebê. Algo tão pequeno e tão fofo que caberia dentro de um potinho para eu guardar na minha estante. Meu chaveirinho.
Doce, meiga, delicada, companheira e atenciosa.
Máscaras, uma vez as citei aqui e prometi um dia continuar escrevendo.
Será que são máscaras? Mas ser assim é ser tão eu!
Quem eu sou?
Forte, determinada, estressadinha, grossa e egoísta. ABUSADA.
Ter coragem de sair de uma cidade que tem tudo, do carinho dos amigos, do amor da família, da rotina de uma vida, para conhecer outra realidade, sozinha.
Uma mulher.
Lava, passa, limpa, cozinha. Obrigada Mãe.
Uma mulher ainda não. Eu sei que dentro de mim ainda tem muito para fugir. Meus impulsos, meus gritos e bravezas, minhas vontades ainda não estão sendo feitas.
São apenas fases. Eu sei porque aquela menininha também sabe gritar e ela está perto de sair berrando, de novo.